O cenário das eleições

A campanha eleitoral deste ano está só começando. No Paraná, a disputa pelo governo do Estado é o que mais chama a atenção. As pesquisas que existem são velhas. E apontam o governador Beto Richa na liderança, mas com preocupantes e sucessivas quedas.
Isso mostra que o governador não conquistou a confiança do eleitor, e vai ter muito trabalho para fazer isso de agora em diante, principalmente por causa da campanha de desconstrução da imagem dele feita pelos adversários.
Sem obras de impacto e sem nenhum projeto inovador, como Richa se venderá ao distinto eleitor pedindo para permanecer no cargo? Uma missão, convenhamos, muito difícil.
Nesse caso, a tarefa da oposição – leia-se os senadores Roberto Requião e Gleisi Hoffmann – é muito mais fácil: eles só têm que mostrar que o atual governador “não fez nada” e prometer que eles têm capacidade, competência e experiência para fazer.
Ao governador Beto Richa  resta a ingrata posição de frágil vidraça, que precisa resistir às estilingadas dos adversários e, ao mesmo tempo, refletir sem deformações a imagem deste governo. Conseguirá?
Está chegando a hora. Foto: Agência Brasil.
Está chegando a hora. Foto: Agência Brasil.
Requião tem uma vantagem inconteste: ele está há 24 anos na vitrine, sendo uma hora governador e, outra, senador. Com isso, é conhecidíssimo. E basta aparecer nos meios de comunicação, detonando os adversários para que ele conquiste os corações e mentes do eleitor outra vez.
Já a candidata do PT tem como trunfo sua sólida união com a presidenta Dilma. Se a presidenta embalar, como vem acontecendo nos últimos dias por causa da queda do tucano Aécio Neves, abatido pela denúncia de construtor de aeroportos com dinheiro público nas fazendas de familiares, leva junto Gleisi, e aí a situação de Beto ficará ainda mais perigoso: repetindo seu pupilo Luciano Ducci nas eleições municipais, poderá nem chegar ao segundo turno. 
Valdir Cruz
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